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Portugal: Protestos dos Agricultores Fronteiras Fechadas

2024-02-01

Agricultores de várias regiões de Portugal saíram hoje, dia 01 de fevereiro de 2024, para a rua, bloqueando estradas com os seus tratores num protesto liderado pelo Movimento Civil de Agricultores. A manifestação, iniciada às 6h, tem como objetivo reivindicar a valorização do setor agrícola e condições justas, seguindo uma tendência observada noutras partes da Europa. Este protesto surge um dia após o governo anunciar um pacote de mais de 400 milhões de euros para atenuar os impactos da seca e fortalecer o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC).

Os agricultores, representados como um movimento espontâneo e apartidário, exigem o direito a uma alimentação adequada e condições justas para as suas atividades. Em diversas regiões, como Alentejo, Trás-os-Montes e Algarve, tratores bloqueiam estradas estratégicas, enquanto outros realizam uma marcha lenta entre Faro e Castro Marim. Apesar do anúncio do governo, os agricultores mantêm os protestos, argumentando que os apoios propostos são insuficientes, não definindo prazos ou formas de pagamento.

Salienta-se algumas vias que foram afetadas, segundo a comunicação social:

  • N4: cortada no acesso à A6 (Elvas-Badajoz), fronteira do Caia;
  • A25: cortada em ambos os sentidos (Guarda-Vilar Formoso);
  • N260: na fronteira de Vila Verde de Ficalho;
  • IC1: corte de estrada nos dois sentidos, na zona da Mimosa.

 

Adicionalmente, do lado espanhol, chega a informação de que agricultores em Zamora estão a cortar estradas na A6, em Benavente. Esta ação coordenada destaca a dimensão internacional das preocupações dos agricultores. O governo, representado pela ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, respeita o direito à manifestação, pedindo uma abordagem ordeira para evitar prejudicar pessoas e bens, comprometendo-se a considerar os cadernos reivindicativos apresentados pelos manifestantes.
 



A ANTP está a procurar mais detalhes sobre estes bloqueios de estradas e, de momento, não possui informações sobre a data de encerramento deste protesto. Estamos em contactos com entidades como o IMT e a GNR, e procuramos esclarecimentos sobre o impacto deste protesto nas operações das transportadoras. Vamos manter os associados atualizados à medida que mais informações estejam disponíveis

Neste contexto, pedimos aos associados que possuam informações adicionais sobre estradas bloqueadas ou eventos relevantes que entrem em contato através do email geral@antp.pt. A colaboração ativa e ágil entre os membros é crucial para uma abordagem coletiva e informada diante desses desafios.

[ Atualização 02/02/2024 às 9h ]

Na sequência do protesto agrícola em curso, verificam-se agora constrangimentos adicionais na circulação de veículos em várias fronteiras e estradas. Destacamos as últimas informações recebidas:

Fronteiras com Constrangimentos:

  • A6 (Elvas) e A25 (Vilar Formoso): Circulação cortada nos dois sentidos;
  • Marvão e Vila Verde de Ficalho: Circulação cortada nos dois sentidos.

 

Fronteiras sem Constrangimentos:

  • Fronteira do Guadiana (A22);
  • Fronteira de Valença (A3);
  • Fronteira de Quintanilha (A4).

 

Problemas Internos Registados nas Seguintes Estradas Nacionais:

  • N3: Acessos à A23 Entroncamento e Vila Nova da Barquinha;
  • IC1: Mimosa.
  • Na Guarda, a A25 está condicionada ao trânsito, com um corredor de emergência, devido à concentração de cerca de 200 tratores
  • Em Portalegre, na fronteira do Caia (sentido Portugal-Espanha), registra-se uma marcha lenta, com condicionamento da via, envolvendo também cerca de 200 tratores.
  • Em Santarém, na Golegã, há uma concentração de 100 tratores, com condicionamento na ponte da Chamusca.
  • Em Beja, entre Vila Verde e Ficalho, na Estrada Nacional 260, há uma concentração de aproximadamente 45 tratores e quatro viaturas pesadas.

 

A GNR está ativamente a monitorar o movimento dos agricultores, empenhando diversos recursos para garantir a segurança rodoviária, a fluidez de trânsito e a ordem pública.

Estas atualizações surgem em meio a um protesto que começou às 6h desta quinta-feira, liderado pelo Movimento Civil de Agricultores. O movimento reivindica a valorização do setor agrícola e condições justas, mantendo bloqueios estratégicos em várias regiões. A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, reiterou o respeito pelo direito à manifestação, apelando a uma abordagem ordeira para evitar perturbações a pessoas e bens, enquanto se compromete a considerar as reivindicações apresentadas pelos agricultores.

[ Atualização 06/02/2024 às 11h ]

Neste momento, decorre uma manifestação de agricultores portugueses entre Valença e São Pedro da Torre, causando congestionamentos significativos na N13, com uma fila de veículos a estender-se por 7 km a partir da fronteira. Do lado espanhol, na localidade de Tui, também se verifica congestionamento na N-551.

Da mesma forma, a circulação na A3, em direção a Espanha, mantém-se fortemente congestionada.

Solicitamos aos Associados que nos informem (geral@antp.pt) caso tenham conhecimento de mais estradas/fronteiras que estejam condicionadas ao trânsito. 


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